sábado, 23 de janeiro de 2010

MEMÓRIA (OU FALTA DE)

***

Primeiramente queria agradecer pelos elogios lindos e verdadeiros que recebi da amiga Mary em relação ao meu blog. Só por eles já valeu a pena a exposição dos meus pensamentos.

Esses dias uma pessoa me disse: tu deveria ser mais transparente.

Mas peraí... MAIS transparente? socorrooooooo.

Logo eu, que me exponho tanto quando falo o que sinto, o que penso, o que sou. Não quero ser mistério ou dúvida. Como digo, a história comigo é mais "papo reto" mesmo. Nada de ficar me fazendo. Não sou assim, sou objetiva e aberta. Quer saber? me pergunta e terás uma resposta (ou não).

Como alguém disse, ou quis dizer, uma vez: cada um sabe a dor e a alegria de ser quem se é. E eu sou assim. Levo na cabeça, levo, levo e levo... e não adianta, continuo a ser esta pessoa com a língua maior do que o cérebro. Aquele filtro que fica entre os dois não veio de fábrica... produto defeituoso.

Esses dias vi a Ana Maria Braga recitando um texto que falava sobre CALAR. Aiiii... como eu queria aprender tal arte. Não sei fazer isso direito, e quando faço é uma meleca.

Sei que calo quando algo me machuca muito, e não falo porque acho que o outro tinha obrigação de saber o que tô pensando. Mas tanto nesses momentos ou em outro qualquer que eu tente calar, isso me DÓI. E dói tanto que daqui a pouco aquele monte de dor no peito explode em palavras cruéis, pesadas, cortantes como balas de revólver, e alvejo quem estiver na minha frente. E isso antes do julgamento. tanto faz se é culpado ou inocente. Depois a gente vê.

É... calar não é comigo mesmo.

Bom, mas hoje tô aqui para dizer que na minha cabeça pipocam mil e quinhentas coisas sobra as quais queria falar, e que 5 minutos depois de pensar no tal assunto já esqueci. quanta coisa eu poderia ter escrito, se tivesse anotado num pedaço de papel a idéia. Mas quem me conhece sabe, sou um furacão... meu nome é bagunça. Mas me propuz de segunda-feira comprar uma caderneta pequeninha para anotar as idéias quando elas surgirem.

Meu pai uma vez me comprou uma coisinha de pindurar no pescoço, um gravador de lembretes. cada vez que tu lembra de algo que não deve esquecer aperta no botão e grava. O problema é que eu esquecia de botar no pescoço, e quando eu colocava no pescoço eu esquecia de gravar, e quando eu gravava esquecia de escutar depois. Então aposentei o dito aparelho.

Então hj peguei um pedaço de papel e anotei alguns títulos de postagens que quero escrever (eu sempre escrevo o título antes da "redação"...rsrs, sempre fazendo o contrário do que se deve). Mas como sei que vou perder o papel daqui há 5 minutos, e depois ficar enlouquecida procurando (para achá-lo só daqui uns meses, por acaso, numa gaveta qualquer), resolvi escrever aqui a lista.

Então vamos lá. ah... e se vc tiver alguma sugestão manda que eu falo sobre o assunto, ou pelo menos sobre o que sei e o que não sei dele.

* TERAPIA (S)

* UMA HISTÓRIA SOBRE TRENS, VAGÕES E ESTAÇÕES

* UMA VIDA SÓ É POUCO

* SER MÃE

* DIA DAS MÃES

* INCLUSÃO

* IDADE DE SER FELIZ

* A ÚLTIMA PLOC

* CARTAS QUE EU NÃO MANDEI

* UM NOVA CHANCE

* DEPRESSÃO (I, II, III, IV, V, VI)... UM TRATADO...HEHE

É isso então.

bjkass a todos, em especial as minhas mais novas leitoras Vó Heloísa e Mary

E ao Lucca, que é uma pessoa única e especial, com uma luz que não se sabe de onde vem... coisa mais estranha. Mas isso falamos outro dia.

Acho que o PH dele também não é neutro.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

DIVÃ

Eu amo o livro Divã, de Martha Medeiros. E também gostei do filme, da interpretação... geralmente os filmes ficam muito àquem dos livros, mas desta vez me surpreendi. Eu já vi e revi inúmeras vezes, mas tem um monte de gente que ainda não viu. Acreditam que o filme não existe na maioria das locadoras de vídeo que temos na Cidade? Que absurdo.

Por isso hoje resolvi fazer uma sessão de "cinema" caseiro para minhas amigas.

Sabe, quando eu era adolescente e comia livros, o que eu mais gostava era que minha melhor amiga lesse e depois a gente passasse horas falando dele. Parece chato né? mas era uma delícia, dividir aquele mundo com alguém, trocar emoções, idéias. Até hoje, gosto de falar sobre o que leio, sobre o que aprendo, sobre o que ouvi falar. Discutindo as coisas podemos enxergar vários pontos de vista sobre um mesmo tema, alguns que a gente nem desconfiava que existise.

Então hoje vou assistir mais uma vez ao mesmo filme, e tenho certeza de que vou ver alguma coisa que tinha me passado desapercebido antes. Até a música do início do filme é uma coisa gostosa de se ouvir.

E, em homenagem a minha primeira sessão caseira de cinema...rsrsrs, vou transcrever abaixo um trecho sobre o qual dissertaria durante muitooooooo tempo, pois diz tanta coisa, mas tanta... fala direto do peito da gente. É como se tivéssemos escrito. Se já leu leia de novo... vale a pena.

"Se não era amor, era da mesma família. Pois sobrou o que sobra dos corações abandonados. A carência. A saudade. A mágoa. Um quase desespero, uma espécie de avião em queda que a gente sabe que vai se estabilizar, só não se sabe se vai ser antes ou depois de se chocar contra o solo. Eu bati a 200 km por hora e estou voltando á pé pra casa, avariada.


Eu sei,não precisa me dizer outra vez. Era uma diversão, uma paixonite, um jogo entre adultos. Telvez este seja o ponto. Talvez eu Não seja adulta o suficiente para brincar tão longe do meu patio, do meu quarto, das minhas bonecas. Onde é que eu estava com a cabeça, de acreditar em contos de fada, de achar que a gente muda o que sente, e que bastaria apertar um botão que as luzes apagariam e eu voltaria a minha vida satisfatória,sem seqüelas, sem registro de ocorrência? Eu não amei aquele cara. Eu tenho certeza que não. Eu amei a mim mesma naquela verdade inventada.

Não era amor,era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, eram dois travesseiros. Não era amor, eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno. Não era amor, era sem medo. NÃO ERA AMOR, ERA MELHOR"

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Cada ser humano nasce com com mil possibilidades



Pois é...

ontem tava pensando (no banho para variar) em um parente próximo meu e me perguntei:

O que será que sentirei ao vê-lo no caixão, pálido de morte?

Daí já me veio imediatamente outra pergunta:

Qual será o discurso que o padre ou qualquer outro irá proferir ao "encomendar" o corpo?

Sei o que vc tá pensando. Isso é lá coisa para se pensar? Pior...

Mas daí comecei adivagar no tal discurso "final". geralmente ouço nos velórios discursos exaltando as qualidades do falecido e de quanto ele fará falta. Muito se ouve da dor e do vazio que deixarão em seus familiares.

Em resumo não consegui imaginar ninguém falando nada positivo desse ser humano em questão. E pensei quão triste era isso... afinal, nascemos cheios de possibilidades de ser ALGUÉM BOM, alguém que faça o bem às pessoas, as plantas, aos animais, ao mundo, à alguém ou alguma coisa. Mas que faça a diferença no mundo.

Nascemos cheios de possibilidades: de fazer os outros sorrirem, de emocionar, de alegrar, de ajudar. Tanta coisa... tantas possibilidades positivas, tantas possibilidades de amar, de ser amado, de criar laços verdadeiros.

E daí fiquei triste pensando nesta pessoa, que conheço desde que nasci, e nos meus tantos anos de vida num vi ter uma atitude afetuosa. Nunca presenciei um abraço carinhoso, um beijo de verdade, um gesto de caridade verdadeira. Não sei dizer se esta pessoa já amou alguém na vida, ou se amou, de que forma é esse amor.

Sei que o amor se manifesta de muitas maneiras, algumas ilógicas. Acredito que o próprio ódio é amor, amor que adoeceu. Mas uma pessoa é capaz de amar assim tão egoisticamente a ponto de não deixar ninguém perceber? nem mesmo o ser amado?

Só sei que nunca fui alvo do seu amor, isso eu tenho certeza. E esse amor muitas vezes me fez falta.

Como já falei antes, sou uma meleca emocional. A razão diz: não se pode obrigar ninguém a amar.

Tá, eu sei.

Mas o que eu fiz para que essa pessoa nunca tivesse me amado?

Tá, eu sei... tô reclamando de boca cheia... tem gente por aí que não é nem amado pelos próprios pais, muitas vezes até mesmo são abandonados.

Mas sei lá, mesmo assim me doeu muitas vezes essa rejeição imotivada.

E eu sei... não tem nada haver comigo, simplesmente essa pessoa é incapaz de amar, ou de demonstrar amor. Aliás, se o amor se manifesta de várias formas, a desta pessoa se manifesta na forma de bens materiais.

Até acredito que ame alguém, pois sempre supriu uma pessoa com muitos bens materiais e apoio financeiro. Mas sabe, não consigo enxergar afeto nem nesta relação. Quando estamos reunidos em família, o tal ser humano desumano tá sempre de lado, sem dar e receber nada.

E fico triste, com o desperdício de vida que presencio sempre. Uma pessoa que parece ter vindo ao mundo para não ser nada, só alguém que, por deixar de ser o que devia, magoa as pessoas a quem devia amar.

E, finalizando, não consegui ainda imaginar tal discurso... as últimas palavras em homenagem a uma pessoa que não foi nada, e se foi, foi o pior, um arremedo triste do que podia ter sido.

Uma pessoa que desperdiçou todas as possibilidades que recebeu durante a vida, de fazer falta a alguém, de amar, de ser gentil, entre todas as outras.

Acho que em seu velório não haverá lágrimas... talvez só alívio para aqueles que tiveram que o suportar até a morte (tarefa árdua), por obrigação moral ou por interesse financeiro.

Me veio rápido uma pergunta, nesta conversa minha comigo mesmo: se eu estiver lá no dito momento, permitirei que se faça um discurso mentiroso, que imputem a tal pessoa qualidades que nunca possuiu? tipo aquele discurso feito... foi um.... dedicado, um... amoroso.

A resposta... bom, vcs sabem... meu PH não é neutro.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Cheia de idéias

Pois é... ando cheia de idéias, com vontade de escrever sobre muita coisa.

E pq não escrevo?

Sei lá...

Ontem queria escrever sobre um monte de coisas (engraçado que hoje não consigo lembrar de nenhuma delas), mas hoje só consigo pensar em escrever sobre RESSACA.

Ressaca em todos os sentidos, ressaca moral, ressaca emocional, ressaca ressaca, rsrsrs.

Tá... já entenderam né? bebi um pouquinho além da conta ontem. E daí eu, que não bebo, me transformei naquela pessoa que bebe demais, e ... bah. É nessas horas que digo aquela famosa e tão usada frase: NUNCA MAISSSSSS.

Não pelo mal estar do day after, mas por me sentir INADEQUADA. Odeio me sentir INADEQUADA.

Daí fico me perguntando... ah, não adianta, tô me sentindo mal... não lembro muito bem pelo quê, mas algo relacionado aquele meu eterno dom de fazer merda.

Melecaaaaa.

Acho que meu PH às vezes podia ser mais neutro.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Santa falta de inspiração



Aiiiiiii... blog meio abandonado.



É a santa falta de inspiração.



queria escrever coisas interessantes... mas estou num momento "chato". E é estranho.


Geralmente a inspiração me vem em momentos que eu já conheço:


em primeiro lugar no BANHO. Sempre penso no banho. Se estou com problemas vou pensar e refletir no banho, se quero chorar vou chorar no banho, se tô com dor vou pro banho, se estou agoniada vou pro banho. Geralmente minhas lágrimas são "enxugadas" pela água corrente que saí do meu chuveiro. Pensando bem, nada mais apropriado. Mas sabe de uma coisa, quase nunca penso coisas boas enquanto tomo banho. Fico ali, conversando comigo mesmo, trocando idéias sobre o que tô pensando, sobre o que tô sentindo. Se tô magoada com alguém fico ali... conversando, "falando" mentalmente com a pessoa, falando tudo que acho que jamais conseguiria falar ao vivo e a cores. Não... não por covardia. É que não consigo... quem me conhece sabe, sou uma porcaria emocional. Não falo... choro ou grito. Quem manda em mim é minha emoção, por mais que eu odeie isso. Então fico lá, no meu BANHO... converso, depois grito e depois choro. Ah... o BANHO, meu amigo... esse me conhece.


Mas ultimamente, entro e saio do banho e nada... nenhuma inspiração, nenhuma conversa, nenhum choro... só os rituais básicos de higiene corporal. Será que a mente tá limpa???


Outro momento de inspiração clássico, meu e de quase todo mundo, é dirigindo... ouvindo som bem alto. Ah, que sensação deliciosa. Vc está lá... em movimento, e nada pode pegar teus pensamentos. Claroooo... sempre tem um celular chato pra tocar. Por isso não gosto de telefones, como os chamo carinhosamente "coleiras eletrônicas". Quem me conhece sabe... quase nunca atendo celular. Tão difícil ter um tempo realmente sozinha... e eu prezo tanto esse meu silêncio, que  me permite conversar comigo mesmo. Mas no carro me vem pensamentos muito diferentes do que tenho no banho.. geralmente são pensamentos bons, alegres, ousados. Idéias...idéias... idéias... muitas idéias. Fico pensando e pensando, rindo, cantando, sonhando. Acho que essa é a palavra certa quando estou dirigindo... SONHO. Eu fico ali... sonhando, com os pés lá nas alturas. Que realidade que nada. Tô no carro e tô em cada lugar, na neve, na praia, numa balada... cada lugar. Daí me bate uma vontade louca de correr... voar (nunca gostei de ter algum carro em minha frente, pq às vezes eu sonho tanto que não enxergo nada na minha frente). Mas daí quando chego perto do destino começo a diminuir a velocidade e já começo a me arrepender do pé no fundo do acelerador. Que meleca... não tô a fim de chegar, quero continuar a sonhar, sonhar, sonhar... paro o carro, estaciono. Quem disse que quero descer? Dependendo da seleção musical fico alta por um bom tempo ainda. até que um chato me faz aterrisar. Afinal... trabalho, estudo, sou amiga, mulher, filha, irmã, cunhada. Quem me disse que eu podia ficar por aí... sonhando. Eu sem sonho... não sou EU.



Aqui cabe uma pergunta: quem já viu o meu olhar BRILHANDO? quem já viu não esqueceu.


Olhar brilhando não é um momento de inspiração, é a PRÓPRIA INSPIRAÇÃO. Pena não ter um botão liga e desliga esse tal de BRILHO NO OLHAR.


Eu já chamei esse BRILHO NO OLHAR de tanta coisa... no fim decidi chamar ele de HORMÔNIOS.



Quase toda minha existência depende dos ditos hormônios, que ora amo e hora odeio, porém mais odeio que amo, mas quando amo, amooooo mesmo.


Tá, não vou esquecer da LUA CHEIA.


Lua Cheia e inspiração são sinônimos pra mim. A lua mexe mesmo comigo. O brilho dela passa um pouquinho pro meu olhar. Em noite de lua cheia não consigo ficar em casa (e quando consigo? rsrs). é como um imã... quero dançar, quero falar, quero cantar, quero só olhar... fico lá, parada, olhando... tentando entender aquela beleza toda, aquela chama... ahhhhhhhhhh se todo dia fosse dia de lua cheia.


Noite e lua cheia me lembraram de um momento especial de inspiração, que só aconteceram poucas vezes em minha vida... talvez consiga contar nos dedos das mãos. Um CHEIRO... uma noite com um cheiro. Eu sei que se eu sentir aquele cheiro de novo vou saber que é ele, embora se agora eu tentar lembrar não vou conseguir. Incrível como aquele cheiro consegue antever que aquela noite será especial e que coisas mágicas acontecerão. Nunca duvidei, e nunca me decepcionei. Ahhhhhhh se toda noite tivesse aquele CHEIRO, aquele PERFUME. ahhhhhhhhhhhhh.........


Que sensação maravilhosa essa, de ir escrevendo e recordando... acho que até já estou ficando inspirada...hehe.


Bom, tenho outros momentos de inspiração. Quando APRENDO algo novo. sempre li muito, sempre soube muito. Nunca fui de estudar, mas de entender. Aprendo quando converso com alguém, quando leio, quando pesquiso, quando procuro. Adoro ouvir alguém falar coisas que me fazem sentido de uma hora para outra e me faz parar e dizer: como eu vivi até agora sem saber disso? como é que eu não percebi isso? O conhecimento é uma coisa que me faz feliz. Essa minha sede que me fez voltar a estudar depois de burra velha, começar uma faculdade que para a maioria é a maior inutilidade do mundo. Mas eu adoro. E tenho feito tantas descobertas... inspiradoras. Comecei a estudar um pouco, bem pouco, sobre a história da américa latina, e deu... já me apaixonei. Já fiquei com vontade de saber muito mais. Que coisa maravilhosa poder entender um pouco da formação da nossa américa latina. Será que isso fará com que eu conheça a mim mesma um pouco melhor????


Sempre tive uma mania, durante todo o tempo que estudei... seja no primário, segundo grau, universidade, cursos, até mesmo em nada disso. A mania de AJUDAR. Sempre fiz trabalhos pros meus colegas, sempre fiz polígrafos das minhas anotações e distribuí aos colegas. Sempre procurei passar adiante o que sabia e até mesmo aprender algo só para ensinar. Aliás... já fiz tanto isso, aprender só para ensinar. Mas não é pq sou "boazinha" (isso dá briga séria), mas pq ao final quem ganha SOU EU. De uma forma ou de outra sou eu que saio ganhando. Por isso que digo que sou disponível demais (e não boazinha). Pois geralmente estou disponível. Não esqueço de um dos meus maiores arrependimentos: ter feito meu enteado passar de ano no segundo ano do segundo grau. Passei a época de Natal aprendendo química, história, literatura, e não sei mais o quê... pq ele tinha ficado em recuperação (aquela segunda recuperação, fora de época) em umas 4 matérias. Meu irmão estava fazendo faculdade de farmácia naquela época e me ensinou umas fórmulas e me deu dicas de química e eu acabei aprendendo algo que eu mesma não tinha aprendido na época de segundo grau. E amei... tão mágico desvendar aquelas equações, balancear e tal... e sob um prisma mais lógico (como é passado na faculdade). Me arrependi de ter feito o que fiz... de te feito o Lucas passar de ano quando com certeza o melhor teria siido ele repetir o ano e amadurecer mais como aluno e como pessoa. Acabei avalizando algo com o qual não concordo... a idéia de que tudo é fácil e que se dá um jeito (afinal quem deu o jeito fui eu e não ele). além, é claro, da idéia de que ele não iria responder por seeus atos. Afinal ele podia passar o ano todo zoando na aula e no final depois de três recuperações ele poderia passar de ano. tudo tão fácil. Ahhhhhhhhhh... se a vida fosse sempre assim tão fácil. Ahhhhhhhh... se a vida sempre tivesse um jeito fácil pra tudo. Ahhhhhhhhh... se a gente sempre tivesse alguém para cumprir as NOSSAS responsabilidades. ahhhhhhhhh........  seria tudo tão mais fácil.


Por fim... a paixão me inspira. Sou movida a paixão. As coisas mornas nunca foram pra mim. Nunca consegui entender como podem existir pessoas que vivem sem paixão. Trabalham, vão pra casa, fazem a janta, olham tv, vão dormir. No outro dia... tudo de novo. Que vida tão sem sentido é essa? cade a emoção? cadê a graça? Cadê a VIDA?????


Eu quero mais da minha vida... eu quero VIDA pra ela. Eu quero amar, quero ser amada. Como diz um texto que amo do Paulo Santanna... eu quero FAZER FALTA. 


Quero fazer algo pelo mundo, pelas pessoas, pelos animais, quero SER alguma coisa que faça alguma diferença. Quero muito mais que existir... quero fazer parte de algo maior.


Quero fazer DIFERENÇA.


Quero me emocionar. Quero me emocionar. Quero me emocionar.


E juntando tudo isso... emoção, fazer falta, fazer diferença... me emociono...rsrs. 


Este mês nasceu o filhinho do Xandi e da Mel. Sabe onde ele começou a ser gerado (no sentido mais puro que pode haver)? Numa festa minha do ano passado.


E o namoro da Paula e o Luciano? No meu aniversário em novembro passado.


Aliás, inúmeros casais se formaram nass nossas festas, inclusive minha irmã e o Rodrigo.


E um outro amigo... que separei (no sentido jurídico, é claro) num mês e no outro, em uma festa minha, conheceu uma pessoa maravilhosa, estão vivendo uma paixão linda já há um tempo e agora tive notícias de que estão "grávidos". Ahhhh... isso emociona.


Saber que tem um dedo seu no destino das pessoas, isso emociona.


E a Fran, que se separou na minha festa de reveillon do ano passado e hj tá quase ganhando o Gabriel. Se ela não tivesse lá naquele dia, será que teria sido este o futuro dela? 


Iiiiiiiii... são tantos casos... tantos casais que ajudei a formar, e uns outros que ajudei a separar (afinal sou humana).


Sei lá... como eu sempre digo, na próxima encarnação vou nascer cafetina e ganhar muito dinheiro....hehehe.


Me emociona me enxergar lá, na história daquela vida. Me pergunto se é destino ou coincidência.


Que dizer da minha melhor amiga ter conhecido o amor da vida dela quando estava comigo? ah... normal. É... seria. Se isso não tivesse acontecido em Joinville, onde ela estava morando havia algum tempo, e eu de visita. Ela já tinha ido muitas vezes naquela boate, nunca tinha visto ele. Mas eu vi. É... eu me interessei por ele. também, o cara era parecido com o Brad Pitt, e é lógico que gamei. Tá, mas o destino neste caso foi mais forte. Nosso carro estragou numa avenida deserta da Cidade. naquela época não tinha celular. e adivinha quem estava no seguindo??? hehehe. Ahhhhhhhh... se o destino fosse sempre tão bom. Eu fiquei sem o gatinho naquele dia, mas minha amada amiga ganhou um namorado, que virou marido, que virou pai de seu filho. Eu ganhei uma amiga feliz e um compadre querido, que adoro muito. E hoje ele nem tá tão parecido com o Brad Pitt assim...rsrsrs. E nem deu para minha amiga a filha loira de olhos claros que tanto eu sonho em ter. Mas deu um menino lindo demais, amado demais, e que é a razão de viver de muita gente. Como posso não me emocionar????


Bahhh... to puxando a sardinha pro meu lado né?


Tá, então tá. Nem tudo são flores. A coisa às vezes fede, e bastante. Tô lá na comunidade do orkut: tenho o dom de fazer merda.


E que dom este com que fui contemplada. 


Mas sabe de uma coisa. Também fui contemplada com um anjo da guarda muito bom, e que cumpre seu papel direitinho.


Quando volto pra casa de madrugada, torta... no sentido literal da coisa, é o meu anjo da guarda que gentilmente dirige pra mim e me trás em segurança pra casa. Já prometi que não vou mais fazer isso... não vou mais beber e dirigir. Mas depois que bebo esqueço até mesmo de quem eu sou, quanto mais do que esta pessoa que não sei quem é prometeu. ahhh.... se todo mundo tivesse um anjo da guarda que nem o meu.


Mas sei, não justifica, e tenho que criar JUÍZO. Vou criar.


Engraçado, falando sobre isso me lembrei do meu irmão esses dias se referindo assim a minha pessoa com 21 anos: ahhh quando tu era velha....


Pô, pior que é... eu com 21 anos era um porre. 


Mas não era chatice, não... era MEDO.


O meu maior MEDO sempre foi sentir MEDO.


Se meu irmão saia de noite eu nem dormia direito... eu tinha medo. Nna real, sempre tive medo de DAR AO OUTRO A SUA RESPONSABILIDADE. Sempre mais fácil achei de cuidar da vida dos outros, guiar os passos dos que eu amava do que dar-lhes o que já era deles: a própria vida.


Talvez se eu guiasse os passos deles eles não caminhariam para longe de mim.


Talvez se eu estivesse no comando, não permitiria que eles ME magoassem.


Ahhhhhhh... quanta loucura.


Eles caminharam pra onde quiseram, eles me magoaram.


São as prisões emocionais.


Eu nunca consegui ir... ainda não quero ir. Quero ficar mais um pouco.


Já mudei bastante. Larguei as rédeas (que me prendiam e não aos outros). Já consigo administrar, um pouco, essa idéia de que cada um tem direito de viver sua vida e, quem sabe, até de ir. Mesmo que eu não queira.


Mas eu ainda tenho que aprender tanta coisa. eu ainda tenho que aprender tanta coisa. Tanta coisa. Tanta.


Preciso aprender a não tomar pra mim a vida dos outros, os problemas dos outros. tenho que aprender a ser mais impermeável aos sentimentos e emoções alheias. Aprender a não sofrer a dor dos outros, pelo menos tão intensamente. Preciso aprender a saber o limite entre a minha vida e a dos que amo. 


Preciso aprender a bater na porta e perguntar se querem que eu entre. Aprender a ser chuva de verão e não temporal.


Aprender a dosar a 'intensidade' das minhas palavras e da minha presença.


Preciso aprender a me aprender. A tomar o poder sobre meus pensamentos, sobre meus sentimentos, sobre meus pesadelos.


Preciso aprender a não acordar chorando de noite, paralisada de terror.


Preciso aprender a parar de me culpar pelo que já não tem jeito.


Preciso aprender a ter paz. 


Queria vencer o que até agora me parece invencível.


Sabe aquele poema que muita gente coloca no seu perfil do orkut: já perdoei erros imperdoáveis, já isso e aquilo.


Taí, nunca vou poder colocar isso no meu perfil.


Eu não perdoei o imperdoável. E para mim imperdoável é a traição. No sentido mais amplo que essa palavra alcance. A traição ao amor. 


Tá... talvez vc que esteja lendo (se é que alguém lê o que escrevo) não consiga entender do que estou falando. Para a maioria das pessoas a palavra traição significa uma coisa tão pequena, que pra mim é irrelevante. Ahhhhhhhhhhh... se traição fosse uma coisa tão simples. ahhhhhhhhh... quem me dera que pra mim traição significasse sexo ou qualquer coisa assim.


Por que pra mim é tão mais forte que isso?


Ahhhh... sei lá.


talvez porque o meu PH não seja neutro.


Sei lá.


Até a próxima...











Obrigada por sua visita

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Volte sempre! bjs Paula