terça-feira, 11 de maio de 2010

Para Thaís, minha amiga muito amada


Do blog Amenidades. Li e não pude deixar de pensar na Thaís, minha amiga que desde a primeira vez que viu um desses horrendos Crocs se tornou ferrenha defensora dessas aberrações. Então, pra ti Thaís, amiga querida que eu amo demais. bjkasss 
A Raposa e as Uvas ou A Loira e os Crocs

A primeira vez que eu vi alguém usando um desses achei que fosse uma promessa sendo paga ou uma aposta perdida. Não era possível que uma pessoa tida como normal e capaz, comprasse e usasse em público e com naturalidade um sapato tão feio como o tal do Crocs.
Se não bastasse ser feio de doer, ainda é fabricado (e vendido!) nas cores mais estapafúrdias possíveis, o que o tornava excêntrico até pras crianças e completamente ridículo para adultos.
Ao contrário de algumas modas, que o “olho” acostuma com o feio e começa até a achar bonito com o tempo (esmalte laranja é uma dessas coisas), quanto mais popular o tal do Crocs se tornava mais absurdo ele me parecia. Eu NUNCA usaria!
Um belo dia, sei lá porque cargas d´água, resolvi experimentar o de uma amiga. E assim como o crack, o grande erro é experimentar! Estava no meio do meu discurso criticando o tal sapato/tamanco/chinelo/whatever quando meu pé foi literalmente abraçado por ele. Calei-me instantaneamente. Acho até que soltei um suspirinho. Não me lembro de outro momento da minha vida tão prazeroso para o meu sempre esquecido e mal tratado pé, sempre preso aos saltos. Naquele momento surgia uma paixão, completamente platônica dos meus pés pelo Crocs que eu proibia terminantemente.
Durante algum tempo eu relutei. Fingia que não os via quando passava por um, até porque meus pés coçavam só de vê-los. Eu não podia me render. Fui forte enquanto pude.
Há algumas semanas cedi. Comprei um par, que, óbvio, é de uma cor escandalosa: vermelho melancia ou algo assim. Jurei pra mim naquele momento, enquanto escondia os sapatos no mais fundo da sacola que fosse possível, que nunca sairia em público com eles. Eles estavam fadados à prisão perpétua dentro do meu apartamento.
Mas tenho memória fraca pra o que não me interessa e demorei menos de 48 horas pra esquecer o tal juramento. Assim que pude inventei uma desculpa rota pra mim mesma e me vi, faceira, de Crocs pela cidade. E foi esse o meu erro...
Passados alguns dias eu já estava completamente viciada! Saía do trabalho desesperada pra ir pra casa e calçar os Crocs. Só saía de casa se fosse para algum lugar que eu pudesse ir de Crocs. Recusei convites só para não ficar longe deles. E pior, com o tempo, perdi completamente a vergonha e passei a usá-los na frente de todo mundo, sem o mínimo pudor!
Virou uma obsessão! Quase os usei para ir ao trabalho dia desses, com a desculpa “Ops! Eu nem notei que saí assim!” pronta, na ponta da língua para explicar aos colegas o meu ato desavergonhado. Mas me contive, apesar de preferir faltar o trabalho a me separar dos Crocs (se bem que nesse caso em especial, os Crocs não são motivo...). Foi nesse dia que vi que estava no fundo do poço! E que não ia conseguir escalar a volta usando Crocs...
Hoje estou fazendo uma terapia de abandono dos Crocs, porque minha vida e minha reputação de quem só usa saltos altos precisa voltar ao normal.
Não é fácil. Comecei com os 10 passos. Mas achei pouco. Agora dou 1000 mil passos de Crocs por dia e só! (mas cá entre nós, todos os dias eu roubo um pouquinho pra mais..)

PROFISSÕES

Pois é... na minha família fomos criados para estudar, ter uma profissão, ser independente e, depois, casar ou fazer o que quiser da vida.

Eu estudei... sempre gostei de estudar, sempre tirei boas (ou ótimas) notas. Mas e a profissão?

A primeira profissão que me lembro de ter desejado ter foi a de piloto de avião caça. Foi uma mistura de inspiração na primeira profissão do meu pai, piloto de avião, com filmes que passavam na tv e cinema na época da minha adolescência... acho que asa de águia e TOP GUN, e mais um monte do mesmo gênero.

Depois pensei em ser juíza, mas gostava muito de arte e história. Então resolvi fazer o segundo grau técnico em decoração. Estudei bastante sobre história da arte, desenho, materiais, projetos, restauração. Trabalhei em estágio como projetista de cozinhas moduladas Dellano e depois como auxiliar de projeto em escritório de arquiteto. Só que o arquiteto era escorpiano como eu, e rapidinho, menos de 1 ano, descobri que aquela pressão acabaria comigo. Resolvi mudar.

Sempre gostei da área psicológica, gostava de estudar sobre o assunto, de ler... mas sempre tive muito preconceito com o profissional psicólogo. se fosse pra ser algo do tipo seria um psiquiatra, com um curso decente de medicina e especialização na psiquiatria. Mas não estava a fim de estudar para passar em medicina.

Então resolvi voltar a idéia original de ser juíza... entrei na faculdade de direito da unisinos, e daí vi que numa faculdade existiam muitassssss outras coisas interessantes pra se fazer do que estudar...hehe.

Mas estudei o suficiente para fazer 6 cadeiras por semestre e tirar notas boas em todas, até com alguns 10, e, claro, sem nunca ser reprovada em nenhuma disciplina. Fui escolhida entre as melhores alunas para cursar uma cadeira no exterior, e tive outras regalias decorrentes das minhas boas notas.

Do tempo de faculdade fiz algumas amizades, mas algumas pra vida inteira. Me lembro do dia em pela primeira vez notei na Cleusa... bonita, um pouco mais velha do que eu, que sempre sentava na primera classe, em frente ao professor, e nem piscava de tão concentrada na aula. Tão diferente de mim. E acho que foi isso que  me atraiu nela. Sei que logo ficamos amigas e descobri que ela estava cursando sua segunda faculdade, por isso era tão concentrada... trazia em seu currículo as notas do outro curso, em que a farra era pesada. Enfim, sei que ao final do curso, mesmo com suas notas baixas do primeiro curso, nas disciplinas que aproveitou, conseguiu ficar entre as três maiores médias de sua turma de formandos. E olha que na Unisinos isso significa em média 220 alunos.

A Cleusa sempre foi meu orgulho... e nela que me espelho quando hoje curso alguma disciplina do curso de história. Se é para estudar é para tirar 10, nada menos. Porém, to longe de ser a aluna dedicada e concentrada que a Cleusinha sempre foi. Continuo a mesma, tô na aula pensando no bar...hehe.

Mas é isso, acabei cursando a faculdade de direito no tempo regulamentar, me formei em julho de 2000.

Mas nunca consegui abandonar minha paixão pelas artes. Sempre que dá faço um curso disso ou daquilo, continuo lendo revistas de arquitetura e projetos. Adoro desenhar e rabiscar minhas idéias.

Descobri minha outra paixão, que aprendi desde pequena em casa, que é a de organizar festas. Gosto de fazer roteiros e organizar viagens. Gosto de estudar sobre saúde e bem estar, e novas técnicas de medicina e ciência. adoro novas tecnologias.

Enfim, sou uma pessoa que gosto de muita coisa. Mas, acima de tudo, minha maior paixão é CURTIR A VIDA.

Não aprendi a levar as coisas muito a sério, porém procuro fazer bem tudo que me proponho a fazer. Se for pra fazer meia boca prefiro não fazer. E não faço. Afinal, meu PH não é neutro.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Mãe

Pois é... ontem foi o Dia das Mães.

Como todo domingo, abri o jornal e li a coluna da minha cronista predileta, Martha Medeiros, e lá referia duas histórias, contadas por leitoras. E ao final dizia que mãe não tem superpoderes. Que, geralmente, esperamos demais de nossas mães, e por isso muitas vezes nos decepcionamos.

Quem me conhece sabe que minha relação com minha mãe sempre foi tumultuada. Mas talvez tenha sido só isso mesmo... que eu tenha esperado demais dela. Hoje nossa relação é bem melhor. Escolhi jogar com a verdade, mas de maneira menos agressiva.

A culpa sempre é da mãe...

não importa o quanto adulto nos tornamos... somos crianças quando o assunto é nossa mãe. Se ela nos pretere, se ela nos fere, se ela nos abandona... dói a mesma coisa do quando quando tínhamos 10 anos de idade.

Se para os pais os filhos sempre serão suas crianças, para seus filhos os pais sempre serão aqueles a quem se deve explicação, a quem se tem um amor sem igual, a quem a gente quer que tenha orgulho dos nossos atos, dos nossos feitos.

Gosto da sensação de ser FILHA. Gosto do olhar carinhoso do meu pai, e de ouvir ele dizer: oi filhinha. De ouvir ele contar aos outros que suas meninas isso, que suas meninas aquilo. Gosto de ser a menina do papai.

Mas comecei falando do dia das mães...rsrs, e já tô falando do meu pai.

O engraçado é que minha mãe não tinha um bom relacionamento com a mãe dela. E eu sou bem parecida com minha avó... uma pessoa de gênio forte, enérgica, difícil, cheia de manias. Meu apelido era Norminha. Já eu me dava muito bem com minha avó, e quando ela se foi... ficou um vazio. E ficou uma mágoa também... por minha mãe não sentir a morte dela tanto quanto eu.

Sei lá... será que Freud explica? qual a relação que une mãe e seus filhos, que faz com que o destino de ambas possam ser modificados em virtude desta relação? Por que esse vínculo é tão forte?

Sempre disse pra minha mãe que o que eu mais sentia é que eu sabia que podia ser diferente.

E sabe... hoje estou tentando fazer ser diferente. Estou tentando me aproximar mais da pessoa que minha mãe é, tentando entender o jeito de amar dela.

Mesmo que ela não seja a mãe amorosa, carinhosa, abnegada que eu gostaria de ter, ela é a MINHA MÃE, e eu ainda tenho tempo para fazer com que tudo se encaixe, a mãe que eu queria ter com a mãe que eu tenho. Talvez, no fundo, seja tudo a mesma coisa.

Eu é que tenho o ph alcalino demais.

Obrigada por sua visita

Obrigada por sua visita
Volte sempre! bjs Paula