segunda-feira, 10 de maio de 2010

Mãe

Pois é... ontem foi o Dia das Mães.

Como todo domingo, abri o jornal e li a coluna da minha cronista predileta, Martha Medeiros, e lá referia duas histórias, contadas por leitoras. E ao final dizia que mãe não tem superpoderes. Que, geralmente, esperamos demais de nossas mães, e por isso muitas vezes nos decepcionamos.

Quem me conhece sabe que minha relação com minha mãe sempre foi tumultuada. Mas talvez tenha sido só isso mesmo... que eu tenha esperado demais dela. Hoje nossa relação é bem melhor. Escolhi jogar com a verdade, mas de maneira menos agressiva.

A culpa sempre é da mãe...

não importa o quanto adulto nos tornamos... somos crianças quando o assunto é nossa mãe. Se ela nos pretere, se ela nos fere, se ela nos abandona... dói a mesma coisa do quando quando tínhamos 10 anos de idade.

Se para os pais os filhos sempre serão suas crianças, para seus filhos os pais sempre serão aqueles a quem se deve explicação, a quem se tem um amor sem igual, a quem a gente quer que tenha orgulho dos nossos atos, dos nossos feitos.

Gosto da sensação de ser FILHA. Gosto do olhar carinhoso do meu pai, e de ouvir ele dizer: oi filhinha. De ouvir ele contar aos outros que suas meninas isso, que suas meninas aquilo. Gosto de ser a menina do papai.

Mas comecei falando do dia das mães...rsrs, e já tô falando do meu pai.

O engraçado é que minha mãe não tinha um bom relacionamento com a mãe dela. E eu sou bem parecida com minha avó... uma pessoa de gênio forte, enérgica, difícil, cheia de manias. Meu apelido era Norminha. Já eu me dava muito bem com minha avó, e quando ela se foi... ficou um vazio. E ficou uma mágoa também... por minha mãe não sentir a morte dela tanto quanto eu.

Sei lá... será que Freud explica? qual a relação que une mãe e seus filhos, que faz com que o destino de ambas possam ser modificados em virtude desta relação? Por que esse vínculo é tão forte?

Sempre disse pra minha mãe que o que eu mais sentia é que eu sabia que podia ser diferente.

E sabe... hoje estou tentando fazer ser diferente. Estou tentando me aproximar mais da pessoa que minha mãe é, tentando entender o jeito de amar dela.

Mesmo que ela não seja a mãe amorosa, carinhosa, abnegada que eu gostaria de ter, ela é a MINHA MÃE, e eu ainda tenho tempo para fazer com que tudo se encaixe, a mãe que eu queria ter com a mãe que eu tenho. Talvez, no fundo, seja tudo a mesma coisa.

Eu é que tenho o ph alcalino demais.

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