quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Natal e TPM ninguém merece!

Gente, prometo que vou escrever, mas no momento estou impossibilitada.


É Natal... e eu estou numa TPM furiosa... mas não estou irritada como quase sempre fico, e sim muito emotiva e chorona, e só eu sei como odeio ficar assim. E além de tudo é Natal... não pode dar boa coisa.


Agora vou na manicure e comprar umas coisinhas (que jurei que não ia comprar). 


Mas não posso deixar de mandar um FELIZ NATAL, muito iluminado a todos os meus amigos. que todos hoje lembrem de agradecer pela oportunidade de estarem com seus amados por mais um Natal, sendo que este é o único e verdadeiro presente.


Um Feliz aniversário para minha querida amiga e tia, Nely Lindner. Que Deus te ilumine e te dê muita saúde, paz, amor, e muitos netos para vc babar, como faz com o Arturzinho. Parabéns tia... seja muito feliz.


bjkass a todos.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

São tantas emoções...

Acabei de chegar em casa e no caminho vinha pensando em tudo que eu gostaria de escrever hoje, se não fosse mais de meia noite, se eu não estivesse com sono. Como a inspiração vem fácil quando estou um pouco embriagada, dirigindo à noite, só eu e a música do rádio. E tanta coisa acontecendo. Queria hj ter disposição para falar dos meus sonhos, que me ocupam e atormentam à noite e, às vezes, o dia também. Queria falar do poder do entendimento e do perdão na nossa vida. Queria falar da minha dificuldade em abrir mão dos prazeres da vida em prol de um corpo um pouco mais aceitável. Queria muito falar do espetáculo que vi hj, de como tudo estava lindo e perfeito, de como amei a trilha sonora. Queria falar de como fiquei feliz em ver uma amiga de infância realizada e vivendo o seu sonho, de como ela continua linda e maravilhosa. Queria falar do palhaço, que proferiu as palavras mais inteligentes que eu ouvi nos últimos tempos. Queria falar da noite, das estrelas, da lua. Mas não vou falar nada. Vou dormir. Tô com sono. Amanhã começa tudo de novo, graças à Deus.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

MOLHO AO SUGO - HUMMMM... DELÍCIA


Eu adoro cozinhar... calmaaaaa... de vez em quando, e a chamada cozinha arte...rsrs. nada de cozinhar coisas triviais do dia a dia.


Paixão que herdei do meu pai, mas infelizmente não herdei o talento dele.


Hoje então vou passar uma receita que adoro fazer e adoro comer.


É simples, mas especial... aqueles 30 minutinhos que tu fica mexendo e namorando o molho dá um toque todo especial. 




Experimente:

Ingredientes:
2 cebolas (eu uso a roxa)
3 tomates (eu uso tomati pelatti - aquele que vem em latinhas já sem pele, não dá trabalho nenhum)
5 colheres (sopa) de azeite
3 colheres (sopa) de extrato de tomate
1 colher (chá) de sal
1 colher (chá) de açúcar
1 colher (chá) de oregano

Frite as cebolas no azeite, acrescente o sal, açúcar e oregano. junte o extrato de tomate e os tomates picados. Junte meio copo d´agua. Fervura por 30 minutos, acrescentando água a gosto.


Espero que gostem... bom proveito!!!!

SUCO DA NEGUINHA

Esse suco é receita da minha amiga Nega Carla. Quando eu fui para Buenos Aires pela primeira vez e fiquei hospedada na casa dela, duas coisas não podiam faltar: esse suco no café da manhã e uma caipirinha tamanho família antes de dormir. Como é bom.... a gente caí na cama e morre.
Bom, voltando ao suco, pois caipirinha não é muito a minha praia, pelo menos de limão, vamos a receita: (é muito difícil, talvez vc não consiga)


1 suco de laranja de caixinha
morangos
gelo

Bata tudo no liquitificador.

Experimente, vc vai gostar... bjs.
Esse texto é incrível, e tão simples... vê se não é tudo que a gente sente mesmo... eu fui assim por muito tempo, e acho que ainda sou. Demorei muitos e muitos anos para me desligar de um dos maiores amores da minha vida... uma amiga, com quem dividi minha infância, minha adolescência, as descobertas, as risadas, as brincadeiras, as experiências com os primeiros namorados, as festas, os primeiros porres, os karaokes, até mesmo a família, e com certeza o meu coração. Sofri muito com nossa separação. Quando li esse texto não lembrei de uma paixão, mas do amor puro e verdadeiro que senti por essa pessoa que amo demais, e a quem dedico a mensagem de hoje: minha Dani querida... muito mais que uma amiga, nossas vidas, por um bom tempo, se confundiram, e eu nunca mais achei o caminho. Dani, vc existe no que é mais meu: meu pensamento. Saudades de nós.

A DESPEDIDA DO AMOR- MARTHA MEDEIROS Existe duas dores de amor. A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão envolvidos que não conseguimos ver luz no fim do túnel. A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel. Você deve achar que eu bebi. Se a luz está sendo vista, adeus dor, não seria assim? Mais ou menos. Há, como falei, duas dores. A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado. Mas quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por ninguém. Dói também. Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém. É que, sem se darem conta, não querem se desprender. Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir de uma época bonita que foi vivida, passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação com a qual a gente se apega. Faz parte de nós.Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é precisoabrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente e que só com muito esforço é possível alforriar. É uma dor mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais do que a dor-de-cotovelo propriamente dita. É uma dor que nos confunde. Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: eu amo, logo existo.Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente. Martha Medeiros 

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

PARA UMA AMIGA MUITO ESPECIAL

Nas minhas leituras diárias encontrei este texto, e achei que serve direitinho para uma amiga minha... então, com a permissão da autora, transcrevo abaixo.

Boa leitura!

Anestesia


É acabou. E dessa vez tem sentido de fim mesmo e não de drama de quem espera a volta. Não tem volta. Até porque não existe volta. Existe começar uma nova história, de um jeito melhor, com a mesma pessoa. O que não vai acontecer. De novo. Dá um apertinho no coração afirmar isso... Mas não é dor de perda. E nem saudade. É frustração apenas. Por entender que essas despedidas doídas e esses finais fazem parte da vida e não há como evitar. Ou fugir. Há quem fuja sempre o tempo todo por medo de se machucar. Mas e não se machuca fugindo? E não sente dor por perder, mesmo antes de ter? E não chora sozinho? Nunca? Ah! Então não é gente! É robô, programado pra não sentir. E que dó que dá. Há quem aceite a dor. Quem a esgote de tanto sentir. Quem a esprema até a última gotinha de ácido. Sofre tudo o que tem que sofrer, e um belo dia, sacode a poeira e dá a volta por cima, lindamente! E há quem se condene por ,de novo, estar sentindo a mesma dor, do mesmo jeito que já sentiu e que sabe que passa, mas que não consegue evitar. Eu sou dessas. Não aprendo mesmo, mesmo depois de assistir a essa mesma aula centenas de vezes. Não me convenço de que vai ter começo inebriante, meio entediante e fim torturante. Inevitavelmente. Mas é que a Cinderela dentro de mim acredita que um dia vai ser pra sempre, mesmo achando sempre tempo demais. Ou pelo menos que vai ser enquanto ela quiser que dure e não quando o outro achar que não vale mais a pena. É só birra. Só que dessa vez a dor é outra. É a dor do ponto final. Da certeza. Da realização de todas as profecias que eu mesma fiz nas vezes que discursei minhas agruras pra quem estivesse ao lado, disposto ou não a ouvir, de que um dia essa história seria diferente. Que um dia eu não ia mais querer, que um dia eu ia acordar sem peso no peito, que um dia eu ia dormir sem esperar, que um dia não ia mais machucar, que um dia eu não ia mais chorar e nem me importar e nem precisar desculpar. Porque um dia teria perdido a graça. E perdeu. Minha batalha de Pirro não tem mais exércitos. E o que dói é que nem alívio eu sinto. Simplesmente não sinto. E é esse o motivo desse texto. Depois de infinitas frases e parágrafos, cartas , textos e e-mails, tentando eternizar o que eu achava que era a maior coisa do mundo, eu consigo escrever justamente sobre o desencanto desse amor. Sobre a falta que ele não faz, sobre a saudades que não incomoda, sobre as lembranças que já se confundem no meio de novas histórias, sobre o eterno enquanto dure que de repente acabou. E o que é que dói afinal de contas? Dói só ter consciência de que não fui Julieta, nem Isolda, nem Marília e nem ao menos uma Helena do Manoel Carlos. Dói admitir que briguei tanto à toa, que chorei em vão, que sofri de besta. Que foi só mais uma história e não a história definitiva. Não foi o romance que deveria ser publicado em capa dura. Foi só mais um erro no meio de muitos outros que não enxerguei e tantos outros que ainda vou cometer. O que dói é que o saldo é esse: depois de tudo e tanto, agora é só nada.

AMENIDADES


por Maria Caroline

http://amenidadespormariacaroline.blogspot.com

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Closer - Perto Demais



Pois é... já fiquei uns dias sem escrever. Daqui a pouco abandono meu pequeno 'blog'. Capaz, brincadeirinha. Enquanto estou 'montando' esse meu cantinho, vou transcrevendo algumas postagens do meu antigo blog. Eu gosto, assim acabo lendo tudo de novo, pensando a respeito. Verdadeira terapia. Qualquer tópico desses vou falar das minhas 'terapias', inclusive da de verdade...hehe.


Mas falando em 'ler tudo de novo', me lembro esses dias que estava falando que ainda quero viver muita coisa, criar muita coisa, fazer história ainda. que é muito cedo para ficar vivendo de recordações. Daí veio o tapa na cara. Me disseram:"Paulaaaaaa, tu vive de fotografias amareladas".


Ai que meleca... que grande meleca.


Por que tem que ser assim, pra que tanta contradição dentro de uma só pessoa?


Simmmm... eu quero viver muito e muita coisa. Quero ousar, quero voar, sentir o vento no rosto dentro de um carro a 180 km/h. Simmmm... eu quero o novo de novo e de novo. Eu quero passar em ruass que nunca passei, por pessoas que nunca conheci, por histórias, por vidas. Quero ser parte de um mundo... deixar minha marca neste mundo e na caminhada de uns poucos, pelo menos. Não quero ser em vão... não quero me esvair em mim. Quero viver por muito tempo depois que eu me for, na lembrança e no imaginário de quem tenha motivos para lembrar de mim. Eu não quero morrer comigo. Eu quero ficar.


Então... quero o novo, quero olhar pra frente e caminhar. Mas já não quero...


Estão de volta as velhas fotografias amareladas.


Não quero mais ser nada... JÁ FUI. Só quero voltar. Como eu disse esses dias, de vez em quando dá vontade de voltar pro útero. Quero voltar... a ser filha, a ser neta, a ser criança, a ser adolescente.


Quero voltar a ir pra escola, voltar pro recreio, pros amigos, pros lanches do barzinho da escola, pro meu caderno bagunçado, pro meu pai me esperando lá fora pra me levar pra casa, perguntando: tirou dez né? E depois almoço, e depois brincar, ver novela vale a pena ver de novo, ou sessão da tarde ou ir correr rua com os amigos. quem sabe jogar carta? canastra? ou dar trotes no telefone do tipo: tem um fuca verde ai na frente? ahhh... então já amadureceu...hehe (que graça a gente achava nisso??). Daí já era de tardezinha... amigos reunidos na esquina, vamos jogar volei, taco, fiutebol? brincar de esconder (esse eu adorava - sempre rolava uns beijinhos nos esconderijos). Quem sabe ligar o toca fitas e cantar "annaaaaa banana..." hehehe. 


Aiaiaiaiiii... essas fotografias amareladas.


E se eu lembrar do cheiro da casa da minha avó? ai que vontade de ficar lá... como é seguro um colo de vó. Aquele refúgio gostoso, aquele lugar que vc pensa que sempre vai existir. Aquelas pessoas que te amaram desde que vc se conhece por gente. Naquele momento e naquele lugar vc é especial... protegido por uma casa que sempre existiu, por um amor que sempre existiu. Ahhhh.... como é dificil aceitar que aquele "tudo" que vc sempre soube ser simplesmente "amarelou".


Ahhhh... como é difícil amarelar.


Sei... um dia tudo vai "amarelar". Mas não é porque sei que fica mais fácil.


Enfim, se não tem solução, que amarele mesmo. Só sei que quero, e vou ter, muitos e muitos álbuns de fotografias amareladas (ou não). 


Vai ver por isso minha paixão pela fotografia. Pena que a essência é tão difícil de ser fotografada.


Pois é pois é... acabei divagando quando minha intenção era tão somente falar que eu, quando gosto de uma coisa, gosto.


Sou aquela chata... ouço mil vezes a mesma música, leio umas trinta vezes o mesmo livro, vejo trocentas vezes o mesmo filme... até gastar. Como disse uma vez "até ouvir o que aquilo tem pra me dizer".


E com o filme "closer" foi assim. Era madrugada, insone. Sessão de gala ou corujão, sei lá... mas foi "por acaso", foi na TV. Não escolhi... aconteceu.


Não sei quantas vezes já vi esse filme, mas muitas. A primeira vez que vi, só ouvi... a música. 


Como pode uma música definir tão bem o sentimento, a dor de uma pessoa? que música...


e eu, que amo "projetos" bem montados, amei aquela forma louca de fazer um filme... como se fosse a música que o guiasse. Como se toda a história contasse apenas as estrofes daquela música. E, apesar disso... tudo tão louco, tão pulado, tão pontual.


Não são os personagens que conversam... são seus sentimentos, seus medos, seus anseios, seus desejos. 


Não existe história a ser contada... é um filme pra sentir.


É um filme pra ouvir, a música, os sentimentos e a nossa emoção.


Eu diria... um filme pra se ver sozinho. Só vc e a sua emoção. Um momento pra conversar com seus medos e seus anseios. 


Com certeza é um filme que muitos não gostaram ou gostarão. É um filme que te pergunta: "QUAL É O SEU NOME?"


ENTÃO, PORQUE EU AMO ESTE FILME... vou anexar abaixo algumas crônicas sobre ele, que eu guardei, e que leio sempre. E minha emoção sempre encontra novas frases, novas palavras, novas perguntas e novas interpretações. 


E espero que a sua tbm. Boa leitura.


"Martha Medeiros - Jornal O Globo - 20/02/2005 Interrompendo as buscasASSISTINDO AO ÓTIMO "CLOSER - Perto demais", me veio à lembrança um poema chamado "Salvação", de Nei Duclós, que tem um verso bonito que diz: "Nenhuma pessoa é lugar de repouso". Volta e meia este verso me persegue, e ele caiu como uma luva para a história que eu acompanhava dentro do cinema, em que quatro pessoas relacionam-se entre si e nunca se dão por satisfeitas, seguindo sempre em busca de algo que não sabem exatamente o que é. Não há interação com outros personagens ou com as questões banais da vida. É uma egotrip que não permite avanço, que não encontra uma saída - o que é irônico, pois o maior medo dos quatro é justamente a paralisia, precisam estar sempre em movimento. Eles certamente assinariam embaixo: nenhuma pessoa é lugar de repouso. Apesar dos diálogos divertidos, é um filme triste. Seco. Uma mirada microscópica sobre o que o terceiro milênio tem a nos oferecer: um amplo leque de opções sexuais e descompromisso total com a eternidade - nada foi feito pra durar. Quem não estiver feliz, é só fazer a mala e bater a porta. Relações mais honestas, mais práticas e mais excitantes. Deveria parecer o paraíso, mas o fato é que saímos do cinema com um gosto amargo na boca. Com o tempo, nos tornamos pessoas maduras, aprendemos a lidar com as nossas perdas e já não temos tantas ilusões. Sabemos que não iremos encontrar uma pessoa que, sozinha, conseguirá corresponder 100% a todas as nossas expectativas ¿ sexuais, afetivas e intelectuais. Os que não se conformam com isso adotam o rodízio e aproveitam a vida. Que bom, que maravilha, então deveriam sofrer menos, não? O problema é que ninguém é tão maduro a ponto de abrir mão do que lhe restou de inocência. Ainda dói trocar o romantismo pelo ceticismo, ainda guardamos resquícios dos contos de fada. Mesmo a vida lá fora flertando descaradamente conosco, nos seduzindo com propostas tipo "leve dois, pague um", também nos parece tentadora a idéia de contrariar o verso de Duclós e encontrar alguém que acalme nossa histeria e nos faça interromper as buscas. Não há nada de errado em curtir a mansidão de um relacionamento que já não é apaixonante, mas que oferece em troca a benção da intimidade e do silêncio compartilhado, sem ninguém mais precisar se preocupar em mentir ou dizer a verdade. Quando se está há muitos anos com a mesma pessoa, há grande chance de ela conhecer bem você, já não é preciso ficar explicando a todo instante suas contradições, seus motivos, seus desejos. Economiza-se muito em palavras, os gestos falam por si. Quer coisa melhor do que poder ficar quieto ao lado de alguém, sem que nenhum dos dois se atrapalhe com isso? Longas relações conseguem atravessar a fronteira do estranhamento, um vira pátria do outro. Amizade com sexo também é um jeito legítimo de se relacionar, mesmo não sendo bem encarado pelos caçadores de emoções. Não é pela ansiedade que se mede a grandeza de um sentimento. Sentar, ambos, de frente pra lua, havendo lua, ou de frente pra chuva, havendo chuva, e juntos fazerem um brinde com as taças, contenham elas vinho ou café, a isso chama-se trégua. Uma relação calma entre duas pessoas que, sem se preocuparem em ser modernos ou eternos, fizeram um do outro seu lugar de repouso. Preguiça de voltar à ativa? Muitas vezes, é. Mas também, vá saber, pode ser amor."




_________________





Longe da comédia romântica, “Closer” traz-nos a tragédia do amor, numa rede apertada de ciúme, desejo e traição.
Dan (Law), um escritor falhado que escreve obituários, cruza-se com Alice (Portman), recém-chegada dos Estados Unidos, no meio de uma rua de Londres. Amor à primeira vista. Mas, como diz o subtítulo, se acreditamos nesse amor instantâneo, nunca iremos parar de olhar. E é isso que acontece. Passado uns meses, Dan conhece Anna (Roberts) numa sessão fotográfica e esse é o início de um trágico desmoronar de valores.
À semelhança do encontro de Dan e Alice, o de Anna e Larry (Owen), motivado por uma confusão de identidades através de um chat de Internet, é também ele metafórico, no que respeita à ignorância e ao engano de que serão alvo, pelos outros e também pelos seus próprios sentimentos.
A verdade é constantemente evocada, e aparece muitas vezes misturada com uma crua honestidade, sem compaixão. Mas nenhum deles é sincero, a não ser na sua infidelidade. Anna procura a verdade, mas adia-a repetidamente (aliás, a inércia do personagem será talvez o ponto mais fraco desta história). Larry joga com os sentimentos dos outros para conseguir o que pretende: Anna. Dan exige a verdade, mas mostra-se ressentido quando a encontra. Alice, habituada à ilusão na sua profissão de stripper, parece ser a única que assume e luta pelo seu compromisso, fiel ao amor que sente.
Como a maioria dos filmes interessantes sobre sexo, a adaptação da peça de Patrick Marber, é sobretudo conversa. Um poderoso diálogo, expressivo em termos sexuais e tão vivo que nos pode esgotar. Mas de uma força dramática que pode bem abster-se de recorrer à montagem fácil de um jogo de lençóis. O sexo verbal que domina o filme é vigoroso, compulsivo, por vezes doloroso e ocasionalmente divertido.
Nichols fecha os planos nas caras dos actores, para que vejamos a dor e o sofrimento de perto. Evidencia o desequilíbrio com cortes cronológicos na narrativa (de meses e até anos), que nos são indicados apenas no diálogo. Com efeito, muita da acção decorre fora do ecrã, nesses espaços de tempo. Vemos as causas e as consequências apenas. Como fotografias coladas.
Por isso os personagens aparecem algo abstractos, sem família, amigos, passado ou futuro. Fica a sensação de que todos vivem num constante tumulto emocional e que só existem em relação a cada um dos outros. Apesar disso, o trabalho de representação é bastante consistente. Mas se tivesse de salientar alguém, seria Owen, talvez por ter o personagem mais denso.
“Closer” fala sobre pele: afinal de contas, existe uma stripper e um dermatologista (Larry). A pele como elemento de contacto com os outros, a pele como protecção e como barreira. Mas uma das cenas mais fortes do filme, que se desenrola no local de trabalho de Alice, é mais memorável pela nudez emocional de Larry do que pela nudez física de Alice. Quanto à pele do espectador, essa fica a cargo da voz de Damien Rice, no belíssimo tema The Blower’s Daughter.
Ao contrário das histórias românticas habituais, “Closer” tem a virtude da imprevisibilidade. Como a vida, como o amor. Nem um nem outro isentos de dificuldades, de dores, de culpa. Quanto mais perto chegamos de alguém, maior a probabilidade de nos magoarmos. Mas valeria a pena viver as coisas de outro modo?






DAMIEN RICE







The Blower's Daughter







And so it is



Just like you said it would be



Life goes easy on me



Most of the time



And so it is



The shorter story



No love, no glory



No hero in her sky







I can't take my eyes off of you



I can't take my eyes off you



I can't take my eyes off of you



I can't take my eyes off you



I can't take my eyes off you



I can't take my eyes...







And so it is



Just like you said it should be



We'll both forget the breeze



Most of the time



And so it is



The colder water



The blower's daughter



The pupil in denial







I can't take my eyes off of you



I can't take my eyes off you



I can't take my eyes off of you



I can't take my eyes off you



I can't take my eyes off you



I can't take my eyes...







Did I say that I loathe you?



Did I say that I want to



Leave it all behind?







I can't take my mind off of you



I can't take my mind off you



I can't take my mind off of you



I can't take my mind off you



I can't take my mind off you



I can't take my mind...



My mind...my mind...



'Til I find somebody new

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

TEXTOS QUE GOSTO

Uma boa maneira de "personalizar" meu Blog é postar as coisas que gosto de ler, muito mais do que as que escrevo. Quando se passa adiante uma coisa que toca o nosso sentimento, estamos passando adiante nossa própria essência, ou nossos desejos, nossas expectativas, enfim, o que queremos expressar e às vezes não encontramos palavras. Então nos apropriamos das palavras alheias. 


Vou postar aqui alguma coisa de um outro Blog que eu fiz há muito tempo, do qual a única seguidora era eu mesma. Portanto, acho que as postagens podem ser consideradas "inéditas".


Comecei escolhendo o texto abaixo, que fala de perseverança... de ser feliz. 
Há alguns anos já eu venho tentando ter esta perseverança... de ser feliz todos os dias, de VIVER a vida e não só passar por ela.
No início enfrentei muito preconceito das pessoas, que não entendiam a minha ânsia de VIVER tudo. "Pessoas" neste contexto pode ser lido também como PAI, MÃE, AMIGOS, e, principalmente, a dita SOCIEDADE. Porém, consegui perseverar e não deixar que o pensamento dos outros ditasse o meu caminho. Sempre tive ao meu lado três pessoas que me apoiaram: minha irmã, meu pai e meu marido. Sem eles... nem sei o que seria. Então só tenho que agradecer por terem me amado e me aceitado, mesmo quando não me entenderam ou não concordaram comigo.
E vamos ao texto então...rsrsrs.

bjkass e até amanhã.




“Nem a tristeza, nem a desilusão, nem a incerteza, nem a solidão......
Nada me impedirá de sorrir...Nem o medo, nem a depressão, por mais que sofra meu coração......
Nada me impedirá de sonhar...Nem o desespero nem a descrença, muito menos o ódio ou alguma ofensa...... Nada me impedirá de viver...
Mesmo errando e aprendendo, Tudo me será favorável......
Para que eu possa sempre evoluir, preservar, servir, cantar, agradecer, perdoar, recomeçar...
Quero viver o dia de hoje, como se fosse o primeiro......
como se fosse o último, como se fosse o único... ...
Quero viver o momento de agora, como se ainda fosse cedo, como se nunca fosse tarde... ...
Quero manter o otimismo, conservar o equilíbrio e fortalecer a minha esperança......
Quero recompor minhas energias para prosperar na minha missão e viver alegremente todos os dias...... Quero caminhar na certeza de chegar...quero lutar na certeza de vencer......
Quero buscar na certeza de alcançar, quero saber esperar para poder realizar os ideais do meu ser......
ENFIM, quero dar o máximo de mim, para viver intensamente e maravilhosamente
TODOS OS DIAS DA MINHA VIDA!!!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Meu PH não é neutro

Bom, insônia deve servir para alguma coisa. Há muito tempo quero criar um blog para simplesmente escrever... escrever sobre o que penso (e penso muito o tempo inteiro... a maioria das vezes bobagem...hehe), escrever sobre o que sinto, sobre o que vejo, sobre o que me atormenta, o que me deixa extasiada, o que me deprime, escrever sobre minhas teorias (mesmo que furadas), sobre minhas inquietações pessoais, emocionais, socias, etc.


Quem me conhece um pouco sabe bem da minha paixão por escrever.


Sempre li muitoooo. Aos 9 anos já "comia" todos os livros que encontrava. Sempre adorei freqüentar a Biblioteca Pública, as livrarias. Sempre tive livros de cabeceira (intocáveis).


Colecionava crônicas de jornais do Mendes Ribeiro, infelizmente já falecido, e continuo assídua leitora de Liberato Vieira da Cunha, Martha Medeiros e até do Macaco Simão (da Folha).


Bom, feito um breve relato de minhas inspirações para este Blog, vamos começar pelo nome do mesmo: MEU PH NÃO É NEUTRO.


A frase é título de uma crônica maravilhosa de Martha "Maravilhosa" Medeiros, de quem sou muito fã. Se alguém me perguntasse: quem gostaria de ser? eu diria: Eu mesma, mas escrevendo como Martha Medeiros.


Ahhhhhhh... até parece.


Eu???? querendo ser eu mesma???????? só se fosse SÁDICA!


Tudo o que eu queria é não precisar ser essa EU MESMA que eu conheço e desconheço toda hora. Não precisar sentir deste jeito todo intrincado que eu sinto. Ter essa cabeça dura, dura, dura. Queria não ter um pensamento tão abstrato e mesmo assim não deixar de ser concreta no que mais me dói. Queria não sofrer tanto com o imutável. Queria não sentir remorso... ah, esses dias no banho pensei uma frase sobre o remorso, e até agora não consegui escrever nem num pedaço de papel, ou seja, mais uma frase para ser esquecida (e algum dia aflorada por um sentimento). Mas vou tentar, vamos ver se saí, afinal é minha estréia hj...hehe.


REMORSO É UM PEDIDO DE DESCULPA QUE JÁ PASSOU DA HORA.


Acho que não era bem assim... mas, enfim, queria dizer que quando vc se arrepende talvez não haja mais a quem pedir desculpas.


Acho que é isso... o arrependimento não tem mais objeto... fica no ar. NÃO SERVE MAIS.


E... finalmente, vamos ao texto que deu origem ao nome deste meu cantinho.


Com vocês... MEU PH NÃO É NEUTRO, na verdade...


A mulher boazinha ( Martha Medeiros)

Qual o elogio que uma mulher adora receber?
Bom, se você está com tempo, pode-se listar aqui uns setecentos:
mulher adora que verbalizem seus atributos, sejam eles físicos ou morais.
Diga que ela é uma mulher inteligente, e ela irá com a sua cara.
Diga que ela tem um ótimo caráter e um corpo que é uma provocação,
e ela decorará o seu número.
Fale do seu olhar, da sua pele, do seu sorriso, da sua presença de espírito, da sua aura de mistério, de como ela tem classe:
ela achará você muito observador e lhe dará uma cópia da chave de casa.
Mas não pense que o jogo está ganho: manter o cargo vai depender da sua perspicácia para encontrar novas qualidades nessa mulher poderosa, absoluta.
Diga que ela cozinha melhor que a sua mãe, que ela tem uma voz que faz você pensar obscenidades, que ela é um avião no mundo dos negócios.
Fale sobre sua competência, seu senso de oportunidade, seu bom gosto musical.
Agora quer ver o mundo cair?
Diga que ela é muito boazinha.
Descreva aí uma mulher boazinha.
Voz fina, roupas pastel, calçados rente ao chão.
Aceita encomendas de doces, contribui para a igreja, cuida dos sobrinhos nos finais de semana.
Disponível, serena, previsível, nunca foi vista negando um favor.
Nunca teve um chilique.
Nunca colocou os pés num show de rock.
É queridinha.
Pequeninha.
Educadinha.
Enfim, uma mulher boazinha.
Fomos boazinhas por séculos.
Engolíamos tudo e fingíamos não ver nada, ceguinhas.
Vivíamos no nosso mundinho, rodeadas de panelinhas e nenezinhos.
A vida feminina era esse frege: bordados, paredes brancas, crucifixo em cima da cama, tudo certinho.
Passamos um tempão assim, comportadinhas, enquanto íamos alimentando um desejo incontrolável de virar a mesa.
Quietinhas, mas inquietas.
Até que chegou o dia em que deixamos de ser as coitadinhas.
Ninguém mais fala em namoradinhas do Brasil: somos atrizes, estrelas, profissionais.
Adolescentes não são mais brotinhos: são garotas da geração teen.
Ser chamada de patricinha é ofensa mortal.
Pitchulinha é coisa de retardada.
Quem gosta de diminutivos, definha.
Ser boazinha não tem nada a ver com ser generosa.
Ser boa é bom, ser boazinha é péssimo.
As boazinhas não têm defeitos.
Não têm atitude.
Conformam-se com a coadjuvância.
PH neutro.
Ser chamada de boazinha, mesmo com a melhor das intenções, é o pior dos desaforos.
Mulheres bacanas, complicadas, batalhadoras, persistentes, ciumentas, apressadas, é isso que somos hoje.
Merecemos adjetivos velozes, produtivos, enigmáticos.
As “inhas” não moram mais aqui.
Foram para o espaço, sozinhas.

Obrigada por sua visita

Obrigada por sua visita
Volte sempre! bjs Paula